Marron Glacé quer chegar a Angola
 

A empresa galega de fabrico de produtos alimentares de confeitaria derivados de castanha Marron Glacé pretende aproveitar a sua presença em Portugal desde os anos 90 para entrar no mercado angolano. Portugal representa cerca de 10% da exportação da empresa, que está actualmente presente em mais 21 países.

A empresa galega de fabrico de produtos de confeitaria e derivados de castanha, Marron Glacé, exporta cerca de 10% da sua produção para o mercado português.
Esta empresa familiar está em Portugal desde os anos 90 e procura agora a oportunidade de entrar em África através de Portugal.
"Portugal é para nós um mercado muito interessante", explica José Posada, neto do fundador da empresa. "Através da presença no mercado português esperamos entrar em novos mercados aperecíveis como Angola onde procuramos clientes em resorts, hotéis de luxo e para a nova classe média que está a florescer em Angola", aclara.
Em Portugal a empresa Marron Glacé vende para o El Corte Inglés, Aeroporto de Lisboa, entre outras lojas. "Temos igualmente neste país uma aliança transfronteiriça com uma empresa de Bragança, com a qual estamos muito satisfeitos, que complementa os nossos produtos e estratégias comuns em termos de comercializaçâo", acrescenta José Posada.
Actualmente a empresa exporta para cerca de 21 países, sendo que o Japão representa a
volta de 50% do escoamento da sua produção.
A castanha utilizada nos produtos alimentares da empresa galega é comprada tanto em Espanha como em Portugal na zona fronteiriça corn a região uma vez que tern as mesmas qualidades.
Embora o core business da empresa seja o marrón glacé, também produzem castanha congelada, "muito utilizada em cremes e pures", e grelos congelados, "que têm muita procura tanto em Portugal comp no Brasil".
Na elaboração e desenvolvimento do marron glacé, "a empresa utiliza a sua experiencia de mais de 50 anos num processo largo e laborioso, que culmina com o glaseado com baunilha natural".

Procura de novos mercados para combater a crise

José Posada acredita que "a confeitaria portuguesa está ao nível internacional e está a despegar e este é um nicho onde a Marron Glacé pode colaborar".
Quanto à previsão de crecimento da empresa o gestor está optimista uma vez que "os custos e os gastos foram reduzidos em termos de fornecedores de matéria-prima e canais de distribuição, porque a empresa apenas produz de acordo com as encomendas". "Isto faz corn que a facturaçâo oscile, mas os gastos são muito competitivos", por esse motivo em tempo de crise, em que há menor procura, "abrem-se novos mercados", explica.

Texts: Ines Serra Bastos
Camara de Comercio hispano-portuguesa. Marzo 2010